terça-feira, 28 de agosto de 2012

Soneto Camarada

Já há muito tempo entre o frio e o vento
Matando a fome, o tédio, morrendo de medo
Sonhando acordado e sofrendo em segredo
Um belo dia pensei ter encontrado um amigo

Dediquei o melhor de mim, amizade sem fim
Pedi ajuda nos momentos mais difíceis
A ele, sempre que pude, penso ter ajudado
Queria estar consigo, brigando lado a lado

Meu amigo cresceu e hoje não é mais meu
Pois então, aqui estou de novo: eu mais eu
Mesmo assim ainda acho bom que o meu amigo

Foi o melhor amigo que alguém podia ter
É bem bom achar que o melhor amigo do mundo
Um dia foi o meu, que não foi sempre o teu

terça-feira, 29 de maio de 2012

Andarilho

Ando sumido e minha sombra desacompanhada. Sinto saudade de um futuro que parece ser passado, de contar mentiras que, ditas à meia luz, viram quase verdades e passam a fazer parte de uma boa história. Ando abraçado a uma tristeza que se faz íntima e que vem me envolvendo sorrateiramente há anos. Ânsia que parece agora ter encontrado conforto em meu viver. Ando cansado das questões que o tempo nos impõe com tirânica ironia, perguntas que escravizam nossos pensamentos como se fossemos obrigados a saber de cor todas as respostas. Ando e desando por aí, procurando me encontrar em paz.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Eternidade

Na tua presença, eu era obrigado
a dividir o teu amor
Na tua ausência, és só meu
e no meu coração
sempre terno e eterno tu serás

Sinto Muito

Esse povo brejeiro, moreno e brasileiro, que fala português, tem sim seu imenso valor. Uma virtude que está acima de qualquer regionalismo, vaidade, crença ou religião. Uma sabedoria que define tão bem um estado de espírito, um sentimento, que foi capaz de dar a ele um nome que nenhum outro idioma pode traduzir: saudade.